quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Testemunho para edificação do corpo


Prólogo:
Meu nome é Vasconcelos, mais conhecido como Vasco. Tenho 46 anos, casado com Três filhos, residente em Itapeva(SP).Quero dar um testemunho do que aconteceu na minha vida, antes de ser chamado na graça.
Tive uma infância muito difícil, pois morava na capital de São Paulo, numa vila ainda em formação, portanto ocupada por pessoas humildes, na sua maioria vindas do nordeste na década de 60. Nossa casa tinha dois cômodos, feitos de placas de concreto (pré-moldada) e nela morávamos; meu pai, minha mãe, três irmãs e eu, com diferença de dois anos nas idades. Meu pai, embora fosse formado em enfermagem, optou por ser polidor de automóveis, mas não parava em lugar nenhum porque era alcoólatra, faltava muito no serviço, sempre tinha problemas de relacionamento com os companheiros e por estes motivos, minha mãe sempre sustentou a casa sozinha.
Percebe-se que numa casa onde o cabeça vive em trevas, a tendência é o sofrimento de toda a família. A minha educação assim como a das minhas irmãs sofreram variações para cima e para baixo, pois a minha mãe era do lar, sem formação nenhuma e sabia ler o suficiente para conhecer moeda e as placas dos ônibus que pegava de madrugada para ir ao trabalho, então dela poderíamos esperar muito pouco em matéria de didática e, além disso ela mal tinha tempo para nos educar.
A incumbência de tomar conta da casa e nos direcionar à escola ficava por conta da minha irmã mais velha, que tinha 13 anos.
É claro que as dificuldades aumentavam de acordo com o passar do tempo, devido a mudança de faixas etárias entre minhas irmãs e eu.
Essa explanação sobre a minha infância é só para os irmãos terem idéia da minha formação moral, do formato do meu berço, entende?
O tempo passou bastante, muitas águas rolaram em baixo da ponte, mas tudo o que permaneceu em mim de bom é por influência do meu berço. É mais ou menos como a história do indivíduo que estupra porque, na sua infância foi molestado sexualmente. No meu caso, as dificuldades que passei com minha família, durante todas as minhas faixas etárias foram preponderantes na boa formação moral e ética que temos.

O trabalho do Inimigo:
Quando completei 18 anos comecei a fumar e aprendi isto, por incrível que pareça, dentro da escola, através dos amigos de classe durante os intervalos das aulas. Não demorou muito e comecei a beber da n°. 1 a 51 e foram vinte quatro anos pegando pesado. Bailes, baladas, pagodes, verdadeiros encontros com a permissividade.
Quando completei meus quarenta e poucos anos é que comecei a dar os verdadeiros vexames, dignos de um “João Canabrava”, causar indignação aos meus vizinhos, tristeza aos meus familiares, arriscar meu casamento e até mesmo perder o veículo(não saber onde deixou) e chegar de carona em camburões. Graças ao Espírito Santo do Senhor, que insistiu em habitar em mim, escapei das drogas ilícitas.
Enquanto isso, numa outra esfera, as hostes espirituais do mau encontravam-se em total regozijo, assistindo às cenas deprimentes pelas quais passava um servo, que foi criado à imagem do Criador e que tinha tudo para deleitar das promessas feitas e da prerrogativa do véu rasgado, decorrente do sangue precioso, derramado em pról de muitos.
Enquanto isso, numa outra esfera, nosso inimigo comum, Satanás já contava com a vitória da conquista de mais uma alma que caminharia junto com ele para o fogo eterno, no dia do Juízo final (Ap. 20:15).
Enquanto isso, o inimigo sentia orgulho da pseudo-competência dos seus subalternos demônios na luta para frustrar os planos de Deus, por amostragem.

O Trabalho do Espírito Santo:
Comecei, depois de certo tempo, a ser incomodado pelas cenas que eu vivia, pelas situações que eu contemplava dentro da minha casa, dias após a devassa causada pela embriagues. Sentia repugnância do meu próprio comportamento frente à todas as instituições que eu freqüentava ou fazia parte.
Passei a ter constrangimento cada vez que alguém me fazia lembrar do dia anterior à sobriedade e também decepção comigo mesmo pelo desprezo que tive aos valores morais, antes conquistado a duras penas, à preço de muito sofrimento familiar.
Foi quando resolvi atender ao chamado: “...Filho meu, atenta para minhas palavras; às minhas razões inclina o teu ouvido”. Prov. 4:20.
Comecei a clamar por sabedoria e a implorar misericórdia ao Senhor, pois as escamas começaram, por força do Santo Espírito, a cair dos meus olhos.
Agora já casado, com uma varoa justificada, comecei a procurar a Casa do Senhor constantemente, ouvir a palavra e até fazer profissão de fé, com o intuito de ser conduzido às águas e durante esse período já comecei a avisar os “amigos” que eu tinha me entregado ao SENHOR JESUS e logo eles próprios seriam testemunhas deste acontecimento, no dia do meu batismo, pois estavam todos convidados.

A pressão do inimigo:
Muito mais sofrimentos passamos minha família e eu nesse período, pois muitas provas tivemos que passar e eu tinha certeza que a hostes estavam trabalhando contra a minha conversão, contra a minha decisão, atacando minha saúde, a minha casa, a comunhão dos meus entes queridos.
Lembro que nesta época minha esposa tentou suicídio, salva por milagre, após horas desacordada no CTI do hospital; também minha sogra passou tempos em minha casa enferma, viajando sempre da nossa cidade para outra, na tentativa de passar por cirurgias para não ser amputada a perna por problemas vasculares; meus filhos dando problemas nas escolas em que estudavam, meus vizinhos com problemas de relacionamento uns com os outros e o nome da minha família sempre no meio do fervo.

A Redenção:
Mas, meus amados, por força do Santo Espírito do Senhor, ...” tive ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus e cheguei com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo o coração purificado da má consciência e o corpo lavado com água limpa”. Hb.10:19 e 22. LOUVADO SEJA O NOME SANTO DO SENHOR JEOVÁ.
E neste dia, o sol iluminou e todos os comprometidos com a salvação das almas, que até então estavam perdidas, ou seja, anjos, querubins, serafins se fizeram presentes. Houve festa no céu por mais almas e a minha incluída.
Nos mantivemos firmes e derrotamos o inimigo, nos entregando ao SENHOR e hoje estamos por aí, correndo riscos, passando humilhações, intercedendo pelos aflitos, chorando com os desesperados, clamando, tentando viver em CRISTO JESUS, o que não é muito fácil haja vista a pressão ainda exercida pelos demônios, pela conscupiscência e a influência do mundo.
Espero que este testemunho possa servir para edificar a vida dos amados irmãos, lembrando sempre que nunca mereci nada, e a glória deve ser direcionada ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.

A Paz do Senhor.

Vasconcelos

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